domingo, 8 de agosto de 2010

08/08 - Dia do Pai.

Paulo, na lição de hoje, fala da Graça. Na carta enviada aos romanos, ele diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça, ou seja, não importa quanto pecado haja ou quão terríveis sejam seus resultados, a graça de Deus é suficiente para lidar com ele. Mas, o que é Graça?
Eu já vi muitas definições sobre a Graça de Deus, como por exemplo: Perdão, Agradecimento, Dom, Favor...
Todas, de fato, representam a Graça, mas pra mim existe uma outra definição muito melhor: abraço.




Sabe quando você tem o que dizer, mas não tem forças pra falar? E quando simplesmente não tem mais o que dizer, mas seu coração te traduz mais do que palavras? Quando isso acontece, só resta uma coisa a fazer: abraçar.
A primeira coisa que eu quero fazer, quando chegar ao Céu, é abraçar Jesus. Não terei palavras suficientes para agradecer, tampouco forças suficientes para expressar o que eu sentirei quando olhar nos olhos dEle. Porque no final de tudo, as coisas passam, as pessoas passam, as palavras passam, mas Ele fica. No abismo ou no esplendor, tudo passa, mas Ele permanece ao seu lado. E isso não depende de você. Podemos mandá-lo sair de nossa vida, como se fôssemos deuses do próprio Deus, mas a única coisa que ele fará, é nos respeitar - no amor há respeito - e nos entregar o silêncio em decorrência disso - um silêncio cheio de palavras que são costuradas lentamente, esperando o momento de (nossa) permissão, para que fiquem prontas aos nossos ouvidos.
Será que tem como impedir, então, a Graça de Deus?
Parece que sim, mas não. Ele não nos abandona, ainda que O deixemos de lado. Ele só entende quando não queremos bênçãos, nem carinho, nem apoio. Ele sabe que temos o direito de escolhermos a solidão, mas sabe muito mais que não suportamos a solidão de fato. Por isso nunca permite que a tristeza nos leve a um lugar tão escuro que não permita o nosso retorno, depois. Ele nos respeita, sim, mas respeita muito mais o amor que sente por nós.
Seu pai é assim? Foi assim? Você tem pai?
É até engraçado chamar alguém de pai, quando enxergamos milhares de crianças, de várias idades, indefesas, sem saber pra onde ir. Existem tantos cegos que ensinam a ver, tantos surdos que aconselham, tantos mudos que não sabem ouvir... 
É tão difícil ver Deus, como um Pai, quando o nosso pai não se parece nada com Ele, né?
Na verdade, isso acontece, porque ninguém é pai de verdade, aqui. Deus é o Único Pai. Todos os outros são filhos, também. O dia é dEle. Ele nos dá o título de "pai", "irmão", "filho" como experiência para chegarmos até Ele, também. Jesus se fez homem e foi como um irmão para os discípulos, como um filho, para Maria, mas não deixou de ser pai, não deixou de ser o caminho para se chegar ao Pai, a verdade, como Pai e a vida. Vida é a primeira coisa que um Pai dá ao filho, né? Mas Deus nos deseja vida em abundância. Isso significa receber a vida e arrastá-la ao lado dEle, até que o tempo chame esse percurso de eterno.
A companhia de Deus é tão boa que a eternidade parece pouco, se pensarmos bem. É o mesmo que acontece quando você está falando com alguém muito legal e não vê que os ponteiros do relógio transformam minutos em segundos.
Esse alguém muito legal, que nos rouba o tempo - uma das coisas mais preciosas que temos - deve nos devolver algo muito bom em troca, para preferirmos estar ao lado dele do que de qualquer outra coisa, não acham? É essa a dica que Ellen White dá aos pais: que eles encontrem prazer em estar com os filhos.


"Pais... combinai o afeto com a autoridade, a bondade e simpatia com a firme restrição. Dedicai a vossos filhos algumas de vossas horas de lazer; relacionai-vos com eles; associai-vos com eles em seus trabalhos e brinquedos e captai-lhes a confiança. Cultivai a camaradagem com eles, especialmente os meninos. Tornar-vos-eis, assim, uma forte influência para o bem."
(Ellen G. White, O Lar Adventista)


Pra finalizar - porque eu falo demais, escrevo demais e digito muito mais - queria dizer que eu sou muito feliz por ter três pais. Um me deu a vida, outro divide a vida dele comigo e o terceiro - os últimos serão os primeiros - me deu os outros dois de presente, ao criá-los. É completamente lógico o fato de eu amar muito mais Este, né? Porque ainda que eu seja racional ao afirmar isso, o amor dEle por mim, é, dentre todos, o que eu menos entendo.


Parabéns, Papai. Obrigada pela graça, pelo amor de graça, por ser tudo e por tudo mais, mesmo sabendo que nada que eu fizesse seria capaz de agradecer, nada que eu falasse, nada que eu pensasse. O que fazer, então?




-mefilho


meu, o teu 


coração, e


os teus olhos 


observem os 


meus


caminhos, 


porque Deus 


amou ao 


mundo de tal maneira 


que




deu o seu 




Filho unigênito




para que todo o que 




nele crê não pereça, 




mas 




tenha a 




vida




eterna.



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